O governador Cláudio Castro (PL) não gostou, nem um pouquinho, da sessão de quinta-feira da Assembleia Legislativa — quando os nobres de várias tendências se revezaram ao microfone para criticar a política de segurança do governo do estado.
Ele mesmo ligou para reclamar do duro tom usado por parlamentares, inclusive, da base.
Emissários do governador ainda foram além.
Segundo deputados que receberam o “puxão de orelhas”, um dos aliados chegou a dizer que não era seguro falar da polícia — lembrando que agentes da segurança pública são os mesmos encarregados de investigar a vida de quem os critica.
Reação
A tentativa de enquadrar os rebeldes pode sair pela culatra — e acirrar ainda mais os ânimos.
Entre integrantes da base, já há quem afirme que não vai mais votar a favor da desvinculação dos fundos estaduais.
Com o caixa à míngua, Castro precisa obter autorização para gastar o dinheiro carimbado dos fundos em outras destinações — inclusive, no pagamento dos salários dos servidores.
Protesto
Quando a corda estica, os gestos falam mais que as palavras. Os “não gestos”, também.
Pois não é que, neste momento em que a Assembleia Legislativa anda abespinhada com o governo do estado, o presidente Rodrigo Bacellar (PL) foi informado que a secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel, não convidou a deputada India Armelau (PL) a se juntar a outras autoridades, num evento da Seap realizado ontem?