A vereadora Monica Benicio (PSOL), viúva da ex-vereadora Marielle Franco, reagiu à nomeação de Chiquinho Brazão, como secretário especial de Ação Comunitária na Prefeitura do Rio.
A parlamentar afirmou que “a máscara de democrata de Eduardo Paes não se sustenta”, e que a nomeação expõe o “toma-lá-da-cá do fisiologismo” político.
"Na mesma semana em que as investigações sobre o assassinato da minha companheira, Marielle Franco, apontam para um possível envolvimento da família Brazão no caso, o prefeito Eduardo Paes decide nomear Chiquinho Brazão na Secretaria Especial de Ação Comunitária. A nomeação do irmão de um dos investigados no caso Marielle, além de deixar nítido o famoso toma-lá-da-cá do fisiologismo, é a demonstração mais iminente do compromisso orgânico de Paes com grupos que exercem domínio territorial e mantém populações inteiras sob o jugo da violência”, criticou a vereadora.
A nomeação de Chiquinho Brazão aconteceu logo após novas suspeitas que recaem sobre o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, por envolvimento no caso de Marielle Franco.
Brazão voltou a ser citado nas investigações sobre o assassinato de Marielle após delação do ex-PM Élcio Queiroz, como publicou o colunista Bernardo Mello Franco. O caso agora foi federalizado e subiu para o Supremo Tribunal de Justiça.