Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por decisão do TSE, cinco governadores que se elegeram sob a bandeira do bolsonarismo no ano passado passaram a se opor à orientação de voto contrário à Reforma Tributária e agora se posicionam de maneira favorável ao texto que será votado nesta quinta-feira na Câmara.
Como O GLOBO mostrou, a iminente votação expõe um racha entre Bolsonaro e os caciques do PL. Pelo entendimento de que Bolsonaro foi "enfraquecido" pela inelegibilidade, a sigla ainda não decidiu se irá estipular penalidades aos parlamentares que votarem de maneira favorável à Reforma. Diante das resistências, o próprio Bolsonaro baixou o tom e pediu "atenção" à bancada.
Enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) puxa a frente das negociações por alterações no texto da Reforma, Cláudio Castro (PL-RJ) já afirmou que pedirá votos favoráveis à bancada fluminense. Ele disse ter comunicado esta decisão ao PL. Ratinho Jr. (PSD-PR) também afirmou que os governadores entendem que há "necessidade de haver uma reforma tributária".
Também apontado como possível sucessor de Bolsonaro, Romeu Zema (NOVO-MG) contesta a participação dos estados na formação do Conselho Federativo, mas reitera a importância da Reforma. Outro que formalizou apoio a Bolsonaro nas últimas eleições, mas que hoje se posiciona de maneira favorável, é o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
E até mesmo o silêncio de alguns tem sido interpretado como resistência a obedecer Bolsonaro: O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), não se posicionou contra a Tributária, apesar de pressões parlamentares ligados ao bolsonarismo.
Fonte: O Globo