Programada para terça-feira (4), a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas que receberia o ex-ajudante direto de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, foi adiada devido à agenda movimentada na Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que terão sessões para apreciar matéria antes do recesso parlamentar, que se inicia em 18 de julho. Desse modo, a audiência que colheria o depoimento de Cid e uma reunião deliberativa foram remarcadas para 11 e 13 de julho.
A CPMI receberia Mauro Cid para depor sobre a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro e sobre as evidências de tentativa de golpe de estado encontradas em seu celular, após operação da Polícia Federal que o colocou na prisão desde 3 de maio. Na última semana, a CPMI ouviu os depoimentos do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, do empresário que idealizou e financiou o caminhão bomba do aeroporto de Brasília, George Washington, e dos coronéis Jean Lawand e Jorge Naime.
O depoimento de Mauro Cid é um dos mais aguardados pela CPMI. Os documentos encontrados no celular via perícia da PF são uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), operação militar que aciona as Forças Armadas para restaurar a ordem pública. A documentação foi obtida em conversas entre ele e o sargento Luis Marcos dos Reis, militar detido na mesma operação da PF que deflagrou as fraudes em cartões de vacinação no Ministério da Saúde.
Fonte: Congresso em Foco