Dias de fortes chuvas causaram graves inundações no nordeste da China, principal região produtora de grãos do país. Além de pelo menos 14 mortos, a tempestade e os alagamentos também levantaram preocupações sobre a segurança alimentar à medida que inundavam as terras agrícolas.
Na província de Heilongjiang, rios que irrigam suas férteis terras agrícolas transbordaram, alagando campos de arroz, destruindo estufas de vegetais e danificando fábricas, conforme informou a mídia estatal.
Em toda a província, 25 rios ultrapassaram os níveis de alerta e ameaçaram transbordar, segundo as autoridades de Heilongjiang.
No domingo, o Ministério de Recursos Hídricos da China elevou a resposta de emergência para enchentes para o Nível 3 nas províncias de Jilin e Heilongjiang — a terceira mais urgente em um sistema de resposta de emergência de quatro níveis.
Em Harbin, capital da província de Heilongjiang, mais de 162.000 pessoas foram evacuadas, enquanto mais de 90.000 hectares de plantações foram danificados pelas enchentes, informou o Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista.
Na cidade de Shangzhi, mais de 42.575 hectares de plantações foram destruídos pela pior tempestade que a cidade enfrentou em mais de seis décadas, informou a Xinhua.
Chuvas torrenciais trazidas pelo tufão Doksuri começaram a atingir a China ainda em julho, deslocando mais de um milhão de pessoas e matando pelo menos 30 pessoas nos arredores de Pequim e na província vizinha de Hebei.
À medida que a tempestade avançava para o norte, outras 14 mortes foram registradas no domingo na cidade de Shulan, na província de Jilin.
Entre os mortos estão três autoridades locais, incluindo o vice-prefeito da cidade, que foram levados pelas enchentes durante as operações de resgate na semana passada, disseram as autoridades de Shulan em um comunicado. Mais um funcionário continua desaparecido, acrescentou.
Mais de 18.000 pessoas foram evacuadas de Shulan, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.
Fonte: CNN