Em mais uma tentativa de conseguir fundos para a Argentina e evitar uma crise cambial, o ministro da Economia e atual candidato à presidência do país, Sergio Massa, se reuniu virtualmente com os membros do FMI nas últimas semanas para decidir os rumos da negociação entre o país e seu principal credor.
A princípio, Massa viajaria para Washington no início de julho, mas o ministro afirmou que a reunião foi feita online e que o resultado da discussão seria conhecido publicamente “muito em breve”.
Em mais uma tentativa de conseguir fundos para a Argentina e evitar uma crise cambial, o ministro da Economia e atual candidato à presidência do país, Sergio Massa, se reuniu virtualmente com os membros do FMI nas últimas semanas para decidir os rumos da negociação entre o país e seu principal credor.
A princípio, Massa viajaria para Washington no início de julho, mas o ministro afirmou que a reunião foi feita online e que o resultado da discussão seria conhecido publicamente “muito em breve”.
A professora de relações internacionais da ESPM Regiane Bressan afirma que um aporte do FMI é muito importante neste momento, uma vez que a Argentina está sem recursos para manutenção do país e das contas governamentais.
“No entanto, alguns críticos avaliam que este é mais um momento de endividamento, porque depois essa dívida só aumenta. Por outro lado, a questão da seca e as dificuldades de cumprir com as metas do próprio FMI dificultam o acesso ao crédito”, pondera.
Por outro lado, Bressan acredita ser possível que os Estados Unidos incentivem o FMI a ajudar o atual presidente argentino, Alberto Fernández, para tentar contornar ou evitar uma vitória da direita, que está em ascensão no país.
“Não sei se isso será possível, mas eles podem ao menos tentar, para as próximas eleições, um partido de centro-direita ou de direita, que não seja extremista como Javier Milei”, diz.
O professor de economia internacional do Inspe, Roberto Dumas afirma que um possível empréstimo do FMI para a Argentina daria certo “alívio” para o câmbio do país, mas pontua que o aporte nem chegaria perto de solucionar a crise local.
“O máximo que deve acontecer é uma leve apreciação do câmbio, mas isso não ajuda na inflação e na desenfreada emissão de pesos argentinos. É apenas um esparadrapo”, pontua.
Fonte: CNN