O Vasco sofreu transfer ban da Fifa. Nos últimos meses, Lille-FRA, Nacional-URU e Atlético Tucumán-ARG acionaram a entidade por causa das dívidas por Léo Jardim, Puma Rodríguez e Manuel Capasso, respectivamente.
A SAF chegou a entrar em contato com alguns clubes credores com a promessa de realizar o pagamento na última terça-feira, mas por enquanto não transferiu o dinheiro e ainda não deu novo prazo. A expectativa é que com o novo aporte, previsto para até 5 de outubro, essa situação seja normalizada.
No caso de Léo Jardim, o Vasco já havia sido acionado pelo Lille no primeiro semestre após atrasar a primeira parcela, prevista para fevereiro. A SAF quitou a dívida um dia antes do prazo para sofrer o transfer ban. As outras parcelas foram combinadas para agosto deste ano e fevereiro de 2024. A do mês passado também não caiu na conta do clube francês.
Já os clubes sul-americanos reclamaram dos atrasos em julho. O Vasco ainda não quitou o valor de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) acordado com o Nacional na compra de 75% de Puma, adquirido em janeiro. Há também uma dívida com o Tucumán pela aquisição de 50% de Manuel Capasso, em fevereiro, por aproximadamente US$ 1,5 (R$ 7,8 milhões).
Situação não preocupa
O clube não cumpriu o prazo dado pela Fifa e, por isso, sofreu o transfer ban. Mas isso não é motivo de preocupação para o Vasco, que planeja quitar as dívidas até o fim do Brasileirão.
O transfer ban impede o clube de inscrever novos jogadores, mas como o prazo de inscrição do Campeonato Brasileiro já se encerrou, o Vasco já não poderia contratar e regularizar ninguém. Assim, a SAF dá como certo o pagamento antes da próxima janela de transferências, ao fim da temporada.
Não só o aporte da 777 tranquiliza o clube. A SAF também garante que o fluxo de caixa será normalizado no segundo semestre, ou seja, o planejamento é que vai entrar mais grana do que vai sair, possibilitando ao Vasco quitar essas dívidas.
O Vasco também ainda não quitou as compras de atletas junto a equipes brasileiras, como Lucas Piton e Jair, que vieram de Corinthians e Atlético-MG, respectivamente.
Depois de tentativas de contato com a diretoria vascaína, o Galo resolveu entrar na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para cobrança de atraso. A compra de Jair custou cerca de R$ 13 milhões, mas o Vasco pagou apenas a primeira parcela.